Atraés da leitura do texto disponibilizado nesse blog podemos chegar a uma brev conclusão sobre o tem Desigualdade Social:
1. Ela é realidade especilamente de países em desenvovlimento;
2. As desigualdaes foram encarads de diferentes formas, conforme a sociedade:
- Em sociedades antigas, como Grécia e Roma as justificadas das desigualdades estavam explicadas nas diferenças da natureza; a natureza gera indivíduos para mandar e outros para obedecer;
- Na Idade Média, as desigualdades foram explicads tendo como justificativas os textos biblicos; a riqueza como pecado e a pobreza como fase necessária para garantir vida no céu
- Na concepção moderna, a partir do ressurgimento do comércio, algumas ideias se fundamentam nos talentos que uns têm de lhe darem-lhe com o dinheiro, criando assim ricos( os talentosos) e pobres os sem dom para o dinheiro e a propriedade privada.
-Na sociedade pós- Revolução Francesa e Industrial, algumas ideias fundamentam-se na "capacidade" que os indivíduos têm em assimilar os processos tecnologicos e econômicos da sociedade, nascendo uns com grande capacidade em lhe dar com a técnica e o capital( os burgueses) e os que não conseguem acompanhar a dinãmica dos processo industriais( os pobres- trabalhadores)
-Existe, ainda uma outra ideia para explicar as desigualdades sociais; para a sociedade industrializada, a de Karl Marx(filósofo alemão); para ele as desigualdades surgem, quando o capital( derivado da exploração do trabalahdor) concentra -se na mão de uma minoria -a burguesia. Desenhando assim os detentores do capital- os ricos e os trabalhadores que produz tal capital - os pobres.
A partir desse traçar histórico. queridos alunso(as) façam a seguinte reflexão e tragam para debate na próxima aula:
Esssas ideias estão presentes em algumas ideologias na sociedade( você consegue identificá-las em alguma ideologia partidária, educacional, em algum moviemnto social ou em alguma letra de música ,entre outros segmentos da socieade)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
As desigualdades entre os homens
AS DESIGUALDADES ENTRE OS HOMENS
Ao observar a vida social das pessoas, percebemos que elas são diferentes, tais diferenças são notáveis em vários planos; na religião, nas personalidades, na inteligência, no físico, na raça, no sexo, na cultura, logo a priori observamos que os homens não são iguais. E ainda, olhando de forma atenta à sociedade em que vivemos, iremos perceber que há pessoas que moram em favelas, e outras em mansões, uns alimentam-se em excesso, outros passam o dia com uma refeição apenas; há pessoas analfabetas cujo nunca tiveram acesso a escolas e há aquelas que possuem uma boa formação escolar.
Estas questões mostram, de imediato que existem,diferenças entre as pessoas que constituem a sociedade.
As desigualdades estão associadas na maneira que cada sociedade se organizam, logo cada organização social forma desigualdades especificas, não podemos comparar as desigualdades sociais do Brasil proletariado e burguesia, com o sistema de castas na Índia, por exemplo.
INTERPRETANDO AS DESIGUALDADES SOCIAIS
Querer compreender a desigualdade social é preciso caminhar pela história, embora as desigualdades sociais sempre existiram, é no capitalismo moderno que ela se faz mais nítido.
A desagregação do sistema feudal para o sistema comercial-capitalismo que corresponde ao século VX ao VXIII, são marcados por profundas mudanças e transformações no que se refere à produção e ao trabalho, que por sua vez faz surgir novas condições políticas, jurídicas e culturais.
Surge então “novas ordens sociais”, surge uma nova concepção de homem, ideal de igualdade, liberdade, e fraternidade. Isso quer dizer que as desigualdades sociais passam a ser um novo fenômeno a ser estudado pelos pensadores, nas mais diversas dimensões.
Nas sociedades antigas antes de Cristo as desigualdades sociais eram vistas como algo natural, ou seja, algo produzido pela “natureza” em si.
É comum que haja escravos e homens livres, pois as diferenças já estão na natureza das coisas, vejamos que a natureza cria folhas pequenas e grandes, frutos amargos e doces, arvores troncudas e outras com troncos finos, macho e fêmea, seres fortes e fracos... Logo a natureza em si é desigual, assim ela cria os fortes para mandar e os fracos para obedecer, o homem para a guerra, a mulher para o domestico.( Ver Livro I Da Política – Aristóteles).
Na Idade Média, período esse que vai do século X ao século XV, não se pensou diferente da sociedade antiga, o que muda é o ponto de vista, as desigualdades deixam de ser encaradas como algo produzido pela natureza, para um ponto de vista teocêntrico(religioso), ou seja, Deus é quem cria pobres e ricos, cabe ao rico a virtude de comandar, ajudar os pobres, proteger-los, e cabe ao pobre a virtude de trabalhar, obedecer aos seus subordinados e servir- los. Assim é da vontade Divina.
O alvorecer da Revolução Francesa, as novas técnicas de trabalho adaptadas ao capitalismo, traz novas amiúdes de interpretações sobre as desigualdades sociais.
O liberalismo econômico (movimento filosófico-político da burguesia do século XVIII) defendia e ainda defendem a propriedade privada, liberdade do comércio e a igualdade perante a lei. Que na visão de alguns interpretes são estes fatores(a propriedade privada, liberdade do comércio ) os geradores das desigualdades entre as pessoas.
Discurso liberalismo
Louva-se o homem de negócios como a expressão do sucesso, e sua conduta servem de modelo para a sociedade como um todo, toda riqueza é fruto do trabalho, a pobreza (indicador fundamental das desigualdades), é produto do fracasso pessoal, e a sociedade não é responsável pela sua existência.
Os pobres, no entanto, teriam que colaborar para a preservação dos bens dos ricos, uma vez que estes lhe davam trabalho, , mais ainda, não deveriam se revoltar contra a sua situação para não criar dificuldades aos seus patrões, que não eram culpados por serem ricos.
Riqueza e pobreza no século XVIII ou era explicada pelo sucesso ou fracasso pessoal, ou, ainda na concepção medieval de que Deus criou ricos e pobres.
Aos pobres recomendavam paciência, religiosidade e seriedade como forma de aceitação das novas regras morais que se iam estabelecendo.
O liberal Edmund Burke(1729- 1797) defendia a idéia de que, que nenhum burguês podia mesmo querendo ajudar os pobres, não conseguiria, ninguém poderia ajudar os pobres, uma vez que a providência divina os havia abandonados.
Nesse momento tanto a igreja católica como a igreja protestante, juntamente ao liberalismo, defendiam a idéia de que os pobres deveriam trabalhar intensamente, pois essa era uma das formas de alcançar a salvação eterna.
PLATÃO( 428/27 – 347) Filósofo Grego
Platão da mesma maneira que Aristóteles. Compartilha da idéia de que as diferenças sociais se justificam nas leis da natureza. Para Platão é muito mais do que coloca Aristóteles,segundo Platão, algumas almas nascem para mandar( pois está dotada de inteligencia transcendental, outras nascem para a guerra enquanto s outros nascem para os trabalhos manuais. Sendo assim, as diferenças sociais se extirpam, quando cada indivíduo, conforme sua aptidão natural cumpre sua função.
Platão também juntamente com essa perspectiva, proponha a idéia de “comunismo”, ou seja, os bens, serem comuns a todos os membros da comunidade. Assim educação das crianças, propriedade privada, das refeições e das mulheres serão comuns entre as “classes”.( Platão só reconhece o comunismo, desde de que ocorra entre as classes dos reis-filósofos e dos guerreiros). Isto significa dizer que os bens e demais compartilhamento só se darão de forma comum entre guerreiros com guerreiros , entre reis-filósofos com filósofos. Para a classe dos trabalhadores, Platão não estabelece o comunismo, segundo ele não haveria necessidade.
ARISTÓTELES( 384- 322 A.c) Filósofo Grego
As desigualdades entre os indivíduos se justificam na própria natureza. Como na natureza existem seres, plantas, mais fortes e mais fracas, uma vez que as mais fortes naturalmente dominam as mais fracas, é natural que indivíduos mais fortes( físico, intelecto) dominem os indivíduos mais fracos( em físico e intelecto).É comum que haja escravos e homens livres, pois as diferenças já estão na natureza das coisas, vejamos que a natureza cria folhas pequenas e grandes, frutos amargos e doces, arvores troncudas e outras com troncos finos, macho e fêmea, seres fortes e fracos... Logo a natureza em si é desigual, assim ela cria os fortes para mandar e os fracos para obedecer, o homem para a guerra, a mulher para o domestico.( Ver Livro I Da Política – Aristóteles).
Para que não haja, desigualdade social, entre as pessoas, Aristóteles defende um sociedade “funcionalista” onde cada qual receba o que lhe convém, conforme sua natureza e cumpra sua função conforme sua natureza.
SÃO TOMAS DE AQUINO( 1225 -1274)
Para que o problema das desigualdades sejam resolvidos, Tomás de Aquino defende uma participação plena de todos os indivíduos nas coisas públicas. Governante e governados devem ser orientados pelo “conhecimento” e pela “lei”. A lei deve ser elaborada pelo o povo e deve ser unanime. O Estado deve assegurar a paz entre as pessoas e possibilitar uma vida virtuosa. O papel do governante não é só de assegurar o material para os indivíduos, mas sim também de assegurar o espiritual. Sendo assim o Estado em Tomás de Aquino deve conter princípios trancedentais cristãos. A propriedade privada, assim como a riqueza,devem ser ordenados ao bem comum. Tomás de Aquino jamais admitiria que um indivíduo possuísse mais do que necessita para sua própria subsistência. Toda acumulação de bens que possibilita o usufruto do supérfluo e uma vida sem trabalho é um roubo do direito de outros levarem uma vida digna. Na linguagem de hoje,significa dizer que para Tomás a propriedade tem uma “função social”.
SANTO AGOSTINHO( 354- 430 d.C)
Filósofo católico, Santo Agostinho não condena nem os pobres e nem os ricos. Ao pobres Agostinho direcionava a mesma paisagem bíblica:"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus" (Mt 5,3). Frase que traz um alivio, esperança de alguma plenitude após esta vida. Mas Santo Agostinho também não condena a riqueza, ele diz que é impossível que algo material por si só venha trazer algum mal, o mal está na forma como o bem ou a riqueza são usados. De fato, em si mesmos, eles não são nem bons nem maus; a diferença está em quem os usa e na forma com que os usa: “é evidente ser preciso não censurar o objeto do qual se usa mal, mas sim a pessoa que dele mal de serviu” (AGOSTINHO, Santo: O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995. p. 67 e 68). Afirmando isto, nega ele todas as insanas ideologias que colocam nos bens materiais um mau que não lhes pode ser imputado.
A proposta do filósofo, é que governante e governados sigam os princípios do cristianismo, como por exemplo..Amar deus sobre todas as coisas..seguir os ensinamentos dos dez mandamentos etc Em síntese um ESTADO baseado na RELIGÃO. E ainda, o Estado subordinado a Igreja.
THOMAS HOBBES (PENSADOR INGLÊS 1588-1679)
O contratualista Hobbes(1588-1679) define o estado da natureza como um estágio no qual o homem está entregue às suas próprias paixões (competição e vaidades, desconfiança, etc.). Isto o levava a um comportamento anti-social, estabelecendo uma luta incessante de todos contra todos pelo poder, Hobbers sentia a necessidade de um poder soberano, superior a todos os homens, este poder superior não eliminaria a luta competitiva entre os homens, mas colocaria sob controle da lei e da ordem.
Segundo Hobbes todos os homens são naturalmente iguais, talvez seja isso o fato de haver uma luta incansável entre eles, para que a violência não saia prevalecida nessa história, é preciso que os homens estabeleçam um acordo, ou seja, um contrato, assim estaria o homem, garantindo sua preservação. É de Hobbes a famosa frase: “o homem é o lobo do homem”.
JONH LOCKE (PENSADOR INGLÊS 1632-1704)
O contratualista Locke(1632 - 1704) também proponha um pacto social, porém de forma diferente a de Hobbes. Locke parte do principio de uma sociedade política onde pactuam homens livres e iguais. As diferenças sociais não podem ser justificadas pela natureza, e sim pelas instituições sociais que são injustas, com suas falhas, ocasionando crises na vida social das pessoas.
Para Locke os homens são livres e iguais na medida em que possuem propriedade a zelar, logo os proprietários apenas de sua força de trabalho não são aptos a pactuar, é preciso dar a eles autonomia enquanto pessoa; “Propriedade de si mesmo”, dado essa propriedade os trabalhadores estão aptos para negociar com seus patrões em condição de igualdade.
Para tal funcionamento dessa sociedade sem desigualdades sociais tão drásticas, Locke dá muita ênfase nas leis, esta como única, capaz de regulamentar a relação contraditória e desigual que floresce na sociedade capitalista.
THOMAS ROBERTE MATHUS( 1766-1834)
Thomas Mathus defendia a idéia de que não adiantava pagar altos salários aos pobres, pois isso os levaria à bebedeira e a outros gastos supérfluos, que além de não eliminarem a pobreza, incentivariam a desordem e a desobediência.
Ao mesmo tempo em que o salário deveria ser pago de tal forma que o pobre não deixasse de ser pobre, pois a pobreza complementa a riqueza, é preciso que haja ricos e pobres na sociedade.
KARL MARX (1818- 1883)
P ara Marx a pobreza é fruto das relações sociais capitalista, o burguês com suas maquinas, objetivo de um lucro acumulativo-crescente, reduziu boa parte dos indivíduos na sociedade em condições miseráveis.
Segundo ele, o liberalismo, interpretou as desigualdades sociais ao modo de ver deles, ai está o erro, segundo o socialista alemão,a sociedade industrial – capitalista manifesta na forma de apropriação e dominação, ou seja, uns produz (trabalhador) e outra se apropria do produto (burguesia), logo é através da mais-valia que o burguês extrai lucro do produto produzido pelo trabalhador.
Lógica de Marx:
Mais -valia absoluta( capital - dinheiro/capital) aumento da jornada de trabalho. O trabalhador produz mais do que sua hora de trabalho normal.
Em 8 horas o trabalhador produziu 8 canetas.
Provavelmente em 12 horas o trabalhador produzirá 12 canetas.
Em 20 horas produzira 20 canetas.
Com o simples aumento da jornada de trabalho o burguês paga o salário normal do trabalhador e a sua “hora extra”.
Além do que, por haver aumento nos gastos de energia do Industrial, justifica-se o burguês em aumentar o preço da mercadoria.
Mais-valia relativa:( capital) é obtido através da produtividade, sem prolongar a jornada de trabalho do trabalhador. O trabalho do funcionário, passa render mais através do aperfeiçoamento tecnológico das ferramentas de trabalho.
A gora na mesma uma hora que antes produzia 8 canetas, o trabalhador dobra para 12 canetas.
É partindo desta lógica da mais-valia (dinheiro X mercadoria), que Marx, constrói a idéia da exploração do homem pelo homem, a partir daí está dado a interpretação das desigualdades entre os homens.
Logo, segundo Marx, se os indivíduos não conseguem acompanhar a produção dos bens que necessitam, logo não conseguirão ser iguais em diversas atividades sociais: Igualdade de direitos, igualdade e liberdade na escola, família, no trabalho, nas instituições políticas etc.
ROUSSEAUA(PENSADOR SUIÇO (1712-1778)
O Contratualista Rousseau as desigualdades entre as pessoas se explica nas leis que deram vantagens para aqueles que detinha a propriedade privada,excluído mais ainda, os indivíduos que não detinham a propriedade privada.
Para extinguir de desigualdades entre as pessoas, Rousseau defende “ o resgate de alguns elementos do homem em seu “estado de natureza”; estado que segundo sua analise histórica-hipotética, o ser humano vivia livre e era igual perante a todos os outros, não havia ainda, nesse estado a idéia de propriedade privada, portanto não havia disputa violência, e outros incômodos. O resgate da(a propriedade coletiva) somando a uma democracia, para Rousseau estaria dada as condições de uma sociedade livre e igual. Para isso a soberania deveria concentrar nas mãos dos povo, o governo( teria a função de apenas executar as leis) que o povo elabora.
EM SÍNTESE
PLATÃO
Defende uma sociedade baseada em casta, onde cada qual cumpra sua função conforme sua aptidão natural. E que os bens( propriedade, mulheres) e a educação das crianças sejam tudo de forma comunal.
ARISTÓTELES
Defende um Estado máximo, forte e que cada indivíduo cumpra sua sua função obedecendo sua aptidão natural(física).
SANTO AGOSTINHO
Um Estado baseado nos princípios cristãos e subordinado a Igreja. E no bom uso dos bens materiais.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
Defende uma participação plena dos indivíduos dentro das coisas pública. A socialização do conhecimento e da propriedade privada, destinando ambos para o bem comum. O Estado e os indivíduos devem sempre ser orientados pelo conhecimento e pela lei. A lei originar de um consentimento unanime.
MATHUS
Defende a idéia do salário razoável ao trabalhador, de modo que não levasse a bebedeira e a outros gastos supérfluos. Segundo ele o salário deveria ter um valor “ básico”, ou seja, que supra a sobrevivência do trabalhador: comer, vestir, dormir etc
HOBBES
Defende a idéia de que o homem vivem em competição constante com o homem, acarretado daí as paixões, a cobiça pelo poder, a violência etc. Para “ amenizar”. Hobbes, proponha um espécie de “ Contrato” entre os homens, contrato entendido por ele por ESTADO, este último regularizaria as desigualdades sociais entre os indivíduos.
LOCKE
Defende uma sociedade de homens livres e iguais, igualdade e liberdade afirmada pela LEI. É a lei que regulariza as diferenças e proporciona a igualdade, segundo Locke.( Nesta visão a lei irá ceder propriedade para aqueles que tem condições de ter propriedade)
MARX
Segundo Marx, as desigualdades, são frutos das relações sociais, os indivíduos inseridos dentro do contexto capitalista, onde burgueses e proletários, formam duas classes antagônicas e competidoras, sendo que a classe proletária não consegue chegar no patamar da classe social, devido as estruturas do capitalismo. Pois de cada produto produzido pelo trabalhador, o burguês leva, suponhamos $3, enquanto o trabalhador leva $1, daí surge as desigualdades econômicas, que provavelmente afetarão em desigualdades sociais. A solução para o fim das desigualdades seria o “comunismo” da propriedade privada e do Estado).
ROUSSEAU
Defende o fim da Propriedade privada, e uma democracia efetiva, onde o governo é apenas um funcionário que cumpre a vontade que emana do povo.
Ao observar a vida social das pessoas, percebemos que elas são diferentes, tais diferenças são notáveis em vários planos; na religião, nas personalidades, na inteligência, no físico, na raça, no sexo, na cultura, logo a priori observamos que os homens não são iguais. E ainda, olhando de forma atenta à sociedade em que vivemos, iremos perceber que há pessoas que moram em favelas, e outras em mansões, uns alimentam-se em excesso, outros passam o dia com uma refeição apenas; há pessoas analfabetas cujo nunca tiveram acesso a escolas e há aquelas que possuem uma boa formação escolar.
Estas questões mostram, de imediato que existem,diferenças entre as pessoas que constituem a sociedade.
As desigualdades estão associadas na maneira que cada sociedade se organizam, logo cada organização social forma desigualdades especificas, não podemos comparar as desigualdades sociais do Brasil proletariado e burguesia, com o sistema de castas na Índia, por exemplo.
INTERPRETANDO AS DESIGUALDADES SOCIAIS
Querer compreender a desigualdade social é preciso caminhar pela história, embora as desigualdades sociais sempre existiram, é no capitalismo moderno que ela se faz mais nítido.
A desagregação do sistema feudal para o sistema comercial-capitalismo que corresponde ao século VX ao VXIII, são marcados por profundas mudanças e transformações no que se refere à produção e ao trabalho, que por sua vez faz surgir novas condições políticas, jurídicas e culturais.
Surge então “novas ordens sociais”, surge uma nova concepção de homem, ideal de igualdade, liberdade, e fraternidade. Isso quer dizer que as desigualdades sociais passam a ser um novo fenômeno a ser estudado pelos pensadores, nas mais diversas dimensões.
Nas sociedades antigas antes de Cristo as desigualdades sociais eram vistas como algo natural, ou seja, algo produzido pela “natureza” em si.
É comum que haja escravos e homens livres, pois as diferenças já estão na natureza das coisas, vejamos que a natureza cria folhas pequenas e grandes, frutos amargos e doces, arvores troncudas e outras com troncos finos, macho e fêmea, seres fortes e fracos... Logo a natureza em si é desigual, assim ela cria os fortes para mandar e os fracos para obedecer, o homem para a guerra, a mulher para o domestico.( Ver Livro I Da Política – Aristóteles).
Na Idade Média, período esse que vai do século X ao século XV, não se pensou diferente da sociedade antiga, o que muda é o ponto de vista, as desigualdades deixam de ser encaradas como algo produzido pela natureza, para um ponto de vista teocêntrico(religioso), ou seja, Deus é quem cria pobres e ricos, cabe ao rico a virtude de comandar, ajudar os pobres, proteger-los, e cabe ao pobre a virtude de trabalhar, obedecer aos seus subordinados e servir- los. Assim é da vontade Divina.
O alvorecer da Revolução Francesa, as novas técnicas de trabalho adaptadas ao capitalismo, traz novas amiúdes de interpretações sobre as desigualdades sociais.
O liberalismo econômico (movimento filosófico-político da burguesia do século XVIII) defendia e ainda defendem a propriedade privada, liberdade do comércio e a igualdade perante a lei. Que na visão de alguns interpretes são estes fatores(a propriedade privada, liberdade do comércio ) os geradores das desigualdades entre as pessoas.
Discurso liberalismo
Louva-se o homem de negócios como a expressão do sucesso, e sua conduta servem de modelo para a sociedade como um todo, toda riqueza é fruto do trabalho, a pobreza (indicador fundamental das desigualdades), é produto do fracasso pessoal, e a sociedade não é responsável pela sua existência.
Os pobres, no entanto, teriam que colaborar para a preservação dos bens dos ricos, uma vez que estes lhe davam trabalho, , mais ainda, não deveriam se revoltar contra a sua situação para não criar dificuldades aos seus patrões, que não eram culpados por serem ricos.
Riqueza e pobreza no século XVIII ou era explicada pelo sucesso ou fracasso pessoal, ou, ainda na concepção medieval de que Deus criou ricos e pobres.
Aos pobres recomendavam paciência, religiosidade e seriedade como forma de aceitação das novas regras morais que se iam estabelecendo.
O liberal Edmund Burke(1729- 1797) defendia a idéia de que, que nenhum burguês podia mesmo querendo ajudar os pobres, não conseguiria, ninguém poderia ajudar os pobres, uma vez que a providência divina os havia abandonados.
Nesse momento tanto a igreja católica como a igreja protestante, juntamente ao liberalismo, defendiam a idéia de que os pobres deveriam trabalhar intensamente, pois essa era uma das formas de alcançar a salvação eterna.
PLATÃO( 428/27 – 347) Filósofo Grego
Platão da mesma maneira que Aristóteles. Compartilha da idéia de que as diferenças sociais se justificam nas leis da natureza. Para Platão é muito mais do que coloca Aristóteles,segundo Platão, algumas almas nascem para mandar( pois está dotada de inteligencia transcendental, outras nascem para a guerra enquanto s outros nascem para os trabalhos manuais. Sendo assim, as diferenças sociais se extirpam, quando cada indivíduo, conforme sua aptidão natural cumpre sua função.
Platão também juntamente com essa perspectiva, proponha a idéia de “comunismo”, ou seja, os bens, serem comuns a todos os membros da comunidade. Assim educação das crianças, propriedade privada, das refeições e das mulheres serão comuns entre as “classes”.( Platão só reconhece o comunismo, desde de que ocorra entre as classes dos reis-filósofos e dos guerreiros). Isto significa dizer que os bens e demais compartilhamento só se darão de forma comum entre guerreiros com guerreiros , entre reis-filósofos com filósofos. Para a classe dos trabalhadores, Platão não estabelece o comunismo, segundo ele não haveria necessidade.
ARISTÓTELES( 384- 322 A.c) Filósofo Grego
As desigualdades entre os indivíduos se justificam na própria natureza. Como na natureza existem seres, plantas, mais fortes e mais fracas, uma vez que as mais fortes naturalmente dominam as mais fracas, é natural que indivíduos mais fortes( físico, intelecto) dominem os indivíduos mais fracos( em físico e intelecto).É comum que haja escravos e homens livres, pois as diferenças já estão na natureza das coisas, vejamos que a natureza cria folhas pequenas e grandes, frutos amargos e doces, arvores troncudas e outras com troncos finos, macho e fêmea, seres fortes e fracos... Logo a natureza em si é desigual, assim ela cria os fortes para mandar e os fracos para obedecer, o homem para a guerra, a mulher para o domestico.( Ver Livro I Da Política – Aristóteles).
Para que não haja, desigualdade social, entre as pessoas, Aristóteles defende um sociedade “funcionalista” onde cada qual receba o que lhe convém, conforme sua natureza e cumpra sua função conforme sua natureza.
SÃO TOMAS DE AQUINO( 1225 -1274)
Para que o problema das desigualdades sejam resolvidos, Tomás de Aquino defende uma participação plena de todos os indivíduos nas coisas públicas. Governante e governados devem ser orientados pelo “conhecimento” e pela “lei”. A lei deve ser elaborada pelo o povo e deve ser unanime. O Estado deve assegurar a paz entre as pessoas e possibilitar uma vida virtuosa. O papel do governante não é só de assegurar o material para os indivíduos, mas sim também de assegurar o espiritual. Sendo assim o Estado em Tomás de Aquino deve conter princípios trancedentais cristãos. A propriedade privada, assim como a riqueza,devem ser ordenados ao bem comum. Tomás de Aquino jamais admitiria que um indivíduo possuísse mais do que necessita para sua própria subsistência. Toda acumulação de bens que possibilita o usufruto do supérfluo e uma vida sem trabalho é um roubo do direito de outros levarem uma vida digna. Na linguagem de hoje,significa dizer que para Tomás a propriedade tem uma “função social”.
SANTO AGOSTINHO( 354- 430 d.C)
Filósofo católico, Santo Agostinho não condena nem os pobres e nem os ricos. Ao pobres Agostinho direcionava a mesma paisagem bíblica:"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus" (Mt 5,3). Frase que traz um alivio, esperança de alguma plenitude após esta vida. Mas Santo Agostinho também não condena a riqueza, ele diz que é impossível que algo material por si só venha trazer algum mal, o mal está na forma como o bem ou a riqueza são usados. De fato, em si mesmos, eles não são nem bons nem maus; a diferença está em quem os usa e na forma com que os usa: “é evidente ser preciso não censurar o objeto do qual se usa mal, mas sim a pessoa que dele mal de serviu” (AGOSTINHO, Santo: O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995. p. 67 e 68). Afirmando isto, nega ele todas as insanas ideologias que colocam nos bens materiais um mau que não lhes pode ser imputado.
A proposta do filósofo, é que governante e governados sigam os princípios do cristianismo, como por exemplo..Amar deus sobre todas as coisas..seguir os ensinamentos dos dez mandamentos etc Em síntese um ESTADO baseado na RELIGÃO. E ainda, o Estado subordinado a Igreja.
THOMAS HOBBES (PENSADOR INGLÊS 1588-1679)
O contratualista Hobbes(1588-1679) define o estado da natureza como um estágio no qual o homem está entregue às suas próprias paixões (competição e vaidades, desconfiança, etc.). Isto o levava a um comportamento anti-social, estabelecendo uma luta incessante de todos contra todos pelo poder, Hobbers sentia a necessidade de um poder soberano, superior a todos os homens, este poder superior não eliminaria a luta competitiva entre os homens, mas colocaria sob controle da lei e da ordem.
Segundo Hobbes todos os homens são naturalmente iguais, talvez seja isso o fato de haver uma luta incansável entre eles, para que a violência não saia prevalecida nessa história, é preciso que os homens estabeleçam um acordo, ou seja, um contrato, assim estaria o homem, garantindo sua preservação. É de Hobbes a famosa frase: “o homem é o lobo do homem”.
JONH LOCKE (PENSADOR INGLÊS 1632-1704)
O contratualista Locke(1632 - 1704) também proponha um pacto social, porém de forma diferente a de Hobbes. Locke parte do principio de uma sociedade política onde pactuam homens livres e iguais. As diferenças sociais não podem ser justificadas pela natureza, e sim pelas instituições sociais que são injustas, com suas falhas, ocasionando crises na vida social das pessoas.
Para Locke os homens são livres e iguais na medida em que possuem propriedade a zelar, logo os proprietários apenas de sua força de trabalho não são aptos a pactuar, é preciso dar a eles autonomia enquanto pessoa; “Propriedade de si mesmo”, dado essa propriedade os trabalhadores estão aptos para negociar com seus patrões em condição de igualdade.
Para tal funcionamento dessa sociedade sem desigualdades sociais tão drásticas, Locke dá muita ênfase nas leis, esta como única, capaz de regulamentar a relação contraditória e desigual que floresce na sociedade capitalista.
THOMAS ROBERTE MATHUS( 1766-1834)
Thomas Mathus defendia a idéia de que não adiantava pagar altos salários aos pobres, pois isso os levaria à bebedeira e a outros gastos supérfluos, que além de não eliminarem a pobreza, incentivariam a desordem e a desobediência.
Ao mesmo tempo em que o salário deveria ser pago de tal forma que o pobre não deixasse de ser pobre, pois a pobreza complementa a riqueza, é preciso que haja ricos e pobres na sociedade.
KARL MARX (1818- 1883)
P ara Marx a pobreza é fruto das relações sociais capitalista, o burguês com suas maquinas, objetivo de um lucro acumulativo-crescente, reduziu boa parte dos indivíduos na sociedade em condições miseráveis.
Segundo ele, o liberalismo, interpretou as desigualdades sociais ao modo de ver deles, ai está o erro, segundo o socialista alemão,a sociedade industrial – capitalista manifesta na forma de apropriação e dominação, ou seja, uns produz (trabalhador) e outra se apropria do produto (burguesia), logo é através da mais-valia que o burguês extrai lucro do produto produzido pelo trabalhador.
Lógica de Marx:
Mais -valia absoluta( capital - dinheiro/capital) aumento da jornada de trabalho. O trabalhador produz mais do que sua hora de trabalho normal.
Em 8 horas o trabalhador produziu 8 canetas.
Provavelmente em 12 horas o trabalhador produzirá 12 canetas.
Em 20 horas produzira 20 canetas.
Com o simples aumento da jornada de trabalho o burguês paga o salário normal do trabalhador e a sua “hora extra”.
Além do que, por haver aumento nos gastos de energia do Industrial, justifica-se o burguês em aumentar o preço da mercadoria.
Mais-valia relativa:( capital) é obtido através da produtividade, sem prolongar a jornada de trabalho do trabalhador. O trabalho do funcionário, passa render mais através do aperfeiçoamento tecnológico das ferramentas de trabalho.
A gora na mesma uma hora que antes produzia 8 canetas, o trabalhador dobra para 12 canetas.
É partindo desta lógica da mais-valia (dinheiro X mercadoria), que Marx, constrói a idéia da exploração do homem pelo homem, a partir daí está dado a interpretação das desigualdades entre os homens.
Logo, segundo Marx, se os indivíduos não conseguem acompanhar a produção dos bens que necessitam, logo não conseguirão ser iguais em diversas atividades sociais: Igualdade de direitos, igualdade e liberdade na escola, família, no trabalho, nas instituições políticas etc.
ROUSSEAUA(PENSADOR SUIÇO (1712-1778)
O Contratualista Rousseau as desigualdades entre as pessoas se explica nas leis que deram vantagens para aqueles que detinha a propriedade privada,excluído mais ainda, os indivíduos que não detinham a propriedade privada.
Para extinguir de desigualdades entre as pessoas, Rousseau defende “ o resgate de alguns elementos do homem em seu “estado de natureza”; estado que segundo sua analise histórica-hipotética, o ser humano vivia livre e era igual perante a todos os outros, não havia ainda, nesse estado a idéia de propriedade privada, portanto não havia disputa violência, e outros incômodos. O resgate da(a propriedade coletiva) somando a uma democracia, para Rousseau estaria dada as condições de uma sociedade livre e igual. Para isso a soberania deveria concentrar nas mãos dos povo, o governo( teria a função de apenas executar as leis) que o povo elabora.
EM SÍNTESE
PLATÃO
Defende uma sociedade baseada em casta, onde cada qual cumpra sua função conforme sua aptidão natural. E que os bens( propriedade, mulheres) e a educação das crianças sejam tudo de forma comunal.
ARISTÓTELES
Defende um Estado máximo, forte e que cada indivíduo cumpra sua sua função obedecendo sua aptidão natural(física).
SANTO AGOSTINHO
Um Estado baseado nos princípios cristãos e subordinado a Igreja. E no bom uso dos bens materiais.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
Defende uma participação plena dos indivíduos dentro das coisas pública. A socialização do conhecimento e da propriedade privada, destinando ambos para o bem comum. O Estado e os indivíduos devem sempre ser orientados pelo conhecimento e pela lei. A lei originar de um consentimento unanime.
MATHUS
Defende a idéia do salário razoável ao trabalhador, de modo que não levasse a bebedeira e a outros gastos supérfluos. Segundo ele o salário deveria ter um valor “ básico”, ou seja, que supra a sobrevivência do trabalhador: comer, vestir, dormir etc
HOBBES
Defende a idéia de que o homem vivem em competição constante com o homem, acarretado daí as paixões, a cobiça pelo poder, a violência etc. Para “ amenizar”. Hobbes, proponha um espécie de “ Contrato” entre os homens, contrato entendido por ele por ESTADO, este último regularizaria as desigualdades sociais entre os indivíduos.
LOCKE
Defende uma sociedade de homens livres e iguais, igualdade e liberdade afirmada pela LEI. É a lei que regulariza as diferenças e proporciona a igualdade, segundo Locke.( Nesta visão a lei irá ceder propriedade para aqueles que tem condições de ter propriedade)
MARX
Segundo Marx, as desigualdades, são frutos das relações sociais, os indivíduos inseridos dentro do contexto capitalista, onde burgueses e proletários, formam duas classes antagônicas e competidoras, sendo que a classe proletária não consegue chegar no patamar da classe social, devido as estruturas do capitalismo. Pois de cada produto produzido pelo trabalhador, o burguês leva, suponhamos $3, enquanto o trabalhador leva $1, daí surge as desigualdades econômicas, que provavelmente afetarão em desigualdades sociais. A solução para o fim das desigualdades seria o “comunismo” da propriedade privada e do Estado).
ROUSSEAU
Defende o fim da Propriedade privada, e uma democracia efetiva, onde o governo é apenas um funcionário que cumpre a vontade que emana do povo.
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